quinta-feira, 16 de junho de 2011

pensamento perdido...

O cansaço persegue-me.
O corpo parece ser cortado por facas a cada passo que dou.
O respirar parece uma imensidão de espinhos em mim.
O pensamento já há muito cessou.

Entro e já não quero mais sair.
Os pensamentos iludem e os quereres perderam-se há muito!

Por esta porta não quero entrar - penso.
Mas já entrei, só há uma forma de sair. Mas essa opção não é de agrado ao meu corpo.
As portas fecham-se e já não restam muitas por abrir.

Os pensamentos divagam.
As vontades misturam-se e aí surge o apoquento.
A pessoa perde-se assim na mística do Ser.

But I think I still have my ground.
Not loosing everything that I believe!
Someday someone will understand how wolf was I.
Someday there will be no words, but comun sense and everything will be allright!

In the end of times I will smile of the time has gone, like a lonely wolf should do!
till then: bite me...

domingo, 5 de junho de 2011



Os pensamentos súbitos perseguem-me.
As marcas passaram ou ainda estão a passar.
O hábito volta ao estado antigo da normalidade, mas não por agora.
A mente persegue 'achares' e 'quereres' da minha pura mentalidade.
Os minutos passam como por horas.
Os dias passados já foram à muito, alcançados em demasia de quereres.
E agora penso. Tanto que queria fazer e outro tanto que devia ter feito.
O conceito perdeu-se na descoberta desse próprio conceito.
Já gasto. Já usado. Já tudo.
Restam as músicas que me perseguem a alma, como por preconceito.
Um dia olhei para trás e vi o que sempre vi.
O dia de hoje. Olhei para trás e vi o que tinha visto.
Tanto foi, como o que ficou. Tanto sou, como o que fui.
Resta-me dizer que não mudei. Hoje trouxe-me isso.
Entrou, conheceu o lugar e assim partiu. Entrou como saiu.
Saiu, no entanto deixou restos do seu passado.
Hoje entraria eu por essa mesma porta, invulgarmente vulgar.
Sei dentro de mim que seria outro, ou permaneceria outro. Não sei quanto mudaria e se sequer o mudaria.
Mesmo nas músicas, o silêncio, esse, ficou no meio das palavras. Faz parte daquilo que ficou por dizer e o dito por não feito. Talvez tenha ficado no acto das palavras que não se disseram.

No meio do que ficou por fazer, ao invés do que seria de esperar. Ficou o acto de o fazer. De levar o meu ser aos recônditos aprazeres meus. O prazer de o fazer, sozinho, acompanhado, apenas fazer.
Olhar a cidade. Olhar o mar.
Mas no fundo, não olhar nada, apenas ouvir a cidade, as pessoas, os carros, o metro, os cães, o meu cigarro a queimar, ou então, ouvir as ondas e deixar abstrair-me por tais silêncios de não ver. Por tal causalidade de calma deixar-me abstrair do que não me rodeia.
Hoje ficou por fazer. Hoje ficou por olhar. Por ouvir.

[not tonight..]