segunda-feira, 14 de maio de 2012

Essência.

Vem de temos a tempos. Não o que se procura mas o que já se encontrou. Surge por meias palavras. Nas esquinas, escuras. Por debaixo de um candeeiro intermitente. Num banco de uma jardim à noite. Encostado a uma parede. No final de umas escadas. Ou, até, mesmo no meio de uma multidão. Naquele lugar, qualquer.
Tudo isto em sítios escondidos. Todos eles, mesmo por entre a multidão. Todos eles.
Tanto começa como acabam num olhar. Estes momentos.
Um cruzar de olhos.
Um suspiro.
Uma dor e uma mágoa. 'Sofrimento'!
Um sorriso.
Vem como quem fica. Parte como até sempre.
Inebriantes e efémeros momentos.
Agridoce!
Ao mesmo tempo, momentos capazes e incapazes, de tudo ou de nada.
Um copo meio cheio. Um copo meio vazio.
Pessimismo. Positivismo.
Meias palavras.

A Essência do sentir.

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Quando era pequeno. Um pirralho. Ouvi esta história, algo como:
"Havia um menino que era pastor. E como tal, todos os dias ia guardar as ovelhas para o monte.
Passado algum tempo, ele fartou-se de não fazer nada, então resolveu pregar uma partida à população onde residia e rir-se com isso.
Assim, certo dia, enquanto guardava o rebanho de ovelhas, começou a gritar - «LOBO, Acudam. Lobo!».
A população toda assustada, respondeu ao grito e foi a correr para ajudar o menino. Mas, quando chegaram ao monte e viram o menino são e salvo, e a rir-se da situação, ficaram chateados e voltaram para as suas casas.
Passado uns tempos o menino voltou a fazer o mesmo. A população respondeu ao gritou e foi ajudar o menino. No entanto, já nem toda a população foi ajudar, pois ainda estavam indignados com a brincadeira anterior. Mas, na mesma, a população chega ao pé do menino e vê que ele estava a brincar na mesma. Ficando assim mesmo chateados com ele.
No entanto o menino não voltou mais a brincar com a situação.
Mas, certo dia, aparece um lobo e ataca o rebanho de ovelhas. O menino todo aflito grita- «LOBO. Acudam. LOBO!!». Mas desta vez ninguém veio. Ficando o menino sem ovelhas."
Moral da história?

Essência do mentir.

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Em pele. Crua. Nua.
Devagar.
Deslizo as mãos pelas costas. Tocando, massajando. Devagar. Um pouco à bruta.
Ombros.
Pescoço.
Descendo pela coluna. Cada costela.
Fundo das costas. Pressionar.
Devagar.
Descendo.
Nádegas. Tocar. Sentir. Acalmar.
Confiar.
Coxas.
Pernas
Pés.
Tirar a pressão exercendo outra.
Relaxar.
Ainda mais devagar.
Subir.
Ao de leve.
Ir tocando.
Pernas.
Coxas.
Virilha. Lentamente.
Sentir a respiração.
Nádegas. 
O interior. Exterior.
Calma. Lentamente.
Sentir a a respiração.
Insistir um pouco mais.
Confiar. Mais.
Sentir a pulsação. Como ela acelera.
Subir.
Mordiscar.
Tocar ao de leve. Lábios. Língua.
Mordiscar.
Beijar.
Subir.
Fundo das costas. As covinhas.
Com as mãos bem coladas ao corpo, subir.
A pele. Toca-se. Sente-se o desencontrar das respirações.
Subir.
A pele. Toca-se cada vez mais. Conhecem-se.
As mãos na nuca. 
Os lábios no pescoço.
O corpo pegado.
A respiração encontra-se.
Calma.
A fricção. A sensação.
Ainda não.
Mais.
Descer. Com os lábios
Tocar. Devagar.
Intenso.
Sentir.
Insistir, Mais.
Beijar. Lábios. Língua.
Êxtase.
Devagar. Lentamente.
Subir.
A Pele. Sente-se.
Quer-se.
Tudo.
Insiste-se.
Sente-se.
A respiração. Pulsação.
O gemido.

Essência do prazer.

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A Essência das coisas.
Algo simples e natural.
Complexo. Perplexo.