segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012 - 2013 / check

Poderia ter corrido mal, Poderia ter sido o pior. Mas também podia ter sido o melhor, ou o melhor dos melhores.
Poderia ter sido muita coisa, Bom, mau, melhor. Mas não foi péssimo.
Aguentou-se. Aqui, ali, além. Mais no além. Lá longe onde as crianças não choram e o chão tem um cheiro familiar. Lá longe onde os cabelos são de oiro, como nos dizem os desenganos fadísticos. Mais para lá do que para cá. As nossas breves memórias nada eternas, mas que apenas nos constroem.
Podia o que não pôde. Podia o que poderia puder.
Podia muito e pôde pouco.
Mas pôde o que não deixou por fazer, ou deixar o que poderia faltar.


If you win you'll be happy, if you lose you'll become wise. Read this somewhere.
Well, doing good is over rated. Doing bad is not wise.
So, I'll became happy and everybody win.
25 and feels like 30.
So long my dear two thousand and twelve.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Long time, no seein'

Press play:





Sometimes it's just like the apprehending of something new with the past.
It's all over you. But it is no more.
It could be for one person, or for everyone, but instead it is just for you.
It turns up and no longer is important.
It's just you and yourself.

Funny.
Hello new. Hello past.
Goodbye new. Just a little while past.
It's the old same. Take care.
But the new gray tramp wolf with the mouth full of diamonds.
Funny.
Wake Up.
Funny.
Satire to the my...own-me.

terça-feira, 10 de julho de 2012

There was night in inwardness.

Por vezes a essência advém do que vem. Na maioria, não vem. Existe apenas. Por vezes passa. Outras fica. Ás vezes torna-se, contorna-se. Tornasse o que ficou por ficar. Ou o que jamais ficaria. No entanto, e no fundo: There are white nigths for us all. Sleep tight and follow the sirens. ;) There was night in the essence.

sábado, 7 de julho de 2012

Dreamt of:

Everything was blue. Everything was grey.
Black dark with some white sheets all over. Empty, blank, with no lines of herself.
In the wich they call 'simple' it wasn't simple at all.
I asked. I answered.
All again. The same old questions.
The simple questions in the hardest answers.

I recon the background sound.
Some Sigur, some Strokes, some Jamie, or Howard recently.
The bench of all of my dreams.
The same shrubs, or only the flowers.
The same rocks. As you look at the walls of the empty past.

The sheets still blank and empty.
Some lines come to appear.

I look foward and see the emptyness of a graveyard.
Feels like home. Childish.
Someone comes and ask.
The answer is new. The freedom of all and nothing.
I lost nothing. Apart.

See the crow flying above.
The little child playing in the ground.
The rose with spines undone.
The first lie. But not the last.
See the path to the little jungle.

Hear the howl.
But it as finished.
Saw the dog. That one was lost. Tramp one.
A mice, a cat and finally the dog. The wilding one.

I put the sheets down.
Grab a hand.
Look with the scared eyes of mine.
Nothing is safe. Nothing is sure.

The sheets are now full.
The answer is done.
Just smile and come undone as usual.
One step and start falling.

I'm half full.

Can you hear!?

quinta-feira, 28 de junho de 2012

no second words.

Yes! That's it!
Feels like no words.
Just throw something.
Doesn't work
Break something.
Still not work.
Kill something.
Doesn't work either.
Snap.
Can't write.
Drink.
Smoke.
Take.
Fuck.
Nothing works.
One in a mil, nothing work.
Seems like. Nothing.
Don't want to believe in something. Nothing.

Brake. Throw. Brake. Feel.. Brake. Take. Brake. Fuck. Brake.
Snap!
Drink. Smoke. Feel. Nothing.
Anger. Rage. Fury. Ire. Nothing. Odium!
Feels like. Nothing.
Snap!
Read. Write. Ask. Answer. See. Close. Call. Quiet.
Snap.
Brake. Drink. Smoke. Fuck.
Don't do nothing.
Scream. Shout. Shallow.
Snap.
Throw. Brake. Tense.
Don't want to believe why.
Don't want to realise.
Snap!
Feels like no-me.
Snap!
Take. Throw. Fucked up.
Drunk. High. Fuck!
Feels like. Nothing.
Empty! Can do no more.
Write. Read.
Close! Open.
Open! Close.
No matter what I do.
No matter what I don't do.
Snap!
Throw.
Level high.
Drink. Smoke.

Google:
-Anger;
-Rage;
-Rabies;
-Fury;
-Ire;
-Madness;
-Dander;
-Odium;
-Rabidity;
-Paddy;
-Paddywhak.

SnaP!
Brake. Stuff, a glass, the mirror, the door, the window, me.
Why. Don't need to know. Don't want to know. Really don't want to know.
Anger. To be.
Rage. To do.
Rabies. To not to.
Fury. Of something.
Ire. Of anything.
Madness. Of me.
Dander. Of everything be some.
Odium. Of some.
Rabidity. For something. And brake.
Paddy. Again.
Paddywhak. Feels like. Or want to.

SNap
Can. Can't I.
Do. Don't I.
Be. Not be.
Smash.
Doesn't go better.
Feels like. Nothing.
Take. Stand.
One. Two. Three Four. Start!
Take. Brake. Throw.
SNAp!

Glasses everywhere!
Brains all over.
Be. In the floor.
Jump. Fall. No wings. No. Nothing.

SNAP!
No words. Only silence. Inside.
Tear! It! Down!
Dint!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ainda te procuro.

Por entre becos, esquinas. Por debaixo de luzes solitárias. Por entre castelos, pontes ou passadiços. No final das escadas ou no meio destas. Num banco de jardim ou no parque das antigas crianças.
Ainda te procuro, em jardins secretos ou no final da quelha. Ao lado de uma árvore ou apenas no espaço livre.
No meio do hall ou já na saída deste. Por entre os lençóis já usados ou simplesmente pelo quarto.
Ainda te procuro no meio da multidão ou quando julgo não haver ninguém. Num bar qualquer ou naquela esplanada já antes batida.
Procuro em todas as matrículas de carros ou em todas as moradas que me surgem há memória.
Em pequenos gestos gastos em mim. Ou quando descubro hábitos não meus.
Ainda te procuro no âmago do ser, do não-ser, da breve existência.
Ainda te procuro, como já jamais te procurei.
Simples e breve. Sem grandes palavras. Ainda te procuro.
Sem saber onde, ou quando, mas procuro.
Ainda te procuro naquele beijo, naquele momento, naquele local, naquele dia, aquela hora.
Ainda procuro o cheiro, não aquele, mas todos. Arrepio quando todos parecem iguais.
Ainda procuro o que não existe mais ou o que nunca existirá. Aquilo que existiu ou apenas imaginei.


Ainda tenho sede. Sede de mais. Ainda acho que o copo estava meio vazio.
Ainda procuro o resto que falta. O que ficou por faltar.
Tropeço a cada esquina que paço. Perco a visão no negrume da noite ao olhar para um beco.
Ofusco-me a mim mesmo quando olho directamente para as luzes, quando julgo ver esse brilho passar.
Fico sem ar, quando necessito de olhar uma segunda vez. Deixo de respirar quando todas as vezes são equívocos.


Tudo é um equívoco. As palavras saem, mas soltas. junto-as na esperança que se forme algo com nexo.
Tremo quando penso encontrar, suspiro em temer encontrar.
Os sentidos perdem-se toda a vez.
Deitado na cama, perdido nos lençóis dos meus pensamentos.


Encontro-te sim, num travo final deste cigarro, ou do próximo.
Na última gota daquele bom vinho.
Perco-me no encontrar do juntar do bom ao mau.
Expiro, deixo o fumo das minhas ideias esvoaçarem à minha frente.
Vejo a névoa que crio. Encontro-te aí. Na mística desse meu respirar.
Provo-te. Tenho-te, por momentos. Vivo. Mato-te. E deixo.


Ainda te procuro, mesmo depois de te ter.
No final deste ou do próximo.
Na próxima saída.
Ou quando deixar de respirar.
No próximo olhar. Vazio! 

sábado, 9 de junho de 2012

Como...

Por vezes, fácil. Noutras, é mais difícil do que parece.
Entregamos-nos ao que julgamos essencial na vida. Ou, perdemos-nos em coisas fúteis
Julgamos ser mais fortes do que realmente somos. Apenas para mais tarde perceber que não éramos.
Não nos sentimos culpados. Mas, sentimos que não estamos completamente livres dessa culpa, dita não existente. Sentimos-nos culpados, pelas coisas que deixámos para trás. Aquelas pequenas coisas.
Fazemos das coisas complicadas coisas simples. E, das simples as mais complexas de sempre.
Temos cabeça. Ou, a cabeça já se perdeu.
Ganhamos. Perdemos.

Uma de-sinfonia afinada. Sublime e nada complexa.
Estando impregnado em nós. Esta música dançante.
Sentimos-nos alinhados nela. 
Percebendo todo e qualquer caractere dessa mesma pauta. Mas, não sabendo sequer tocá-la.
Apenas a sentimos em nós.

A início, está tudo bem. Ou, tudo mal. Dependendo do nada deixado. Ou, do tudo ganhado.
Ocupamos os lugares. Ocupamos lugares.
Fechamos-nos. Ou, abrimos-nos.
É todo um envolvente de escolhas e não-escolhas.
Há quem se deixe levar ou siga. Há quem tome rumos ou pegue no leme.
Há quem suba rios ou os desça.
Há escolhas. Mas sempre escolhemos não escolher. Deixamos-nos apenas escolher.
Há esquerdas e direitas. Mas seguimos em frente.

Acabamos por tomar a atitude da des-atitude.
De deixarmos de ser o que fomos. Ou, ser o que não fomos.
Somos e éramos ao mesmo tempo. Somos e seremos. Ou, assim julgamos pensar.
Esquecemos. Recordamos. Criamos.
Mas, no fundo, não deixamos de ser. Até o deixar-mos de realmente ser.

Fui , não sou, serei.
Não vi, vejo, não verei.
Fiz, não faço, farei.
Não fui, sou, não serei.
Vi, não vejo, verei.
Não fiz, faço, não farei.

É necessário querer, crer, distinguir, subestimar.
É preciso aprender. Decidir aprender. 
Até que deixe de ser fácil ou se torne difícil.
Mesmo que, por vezes, seja fácil. Ou, seja mais difícil do que realmente é.


sábado, 2 de junho de 2012

A mágoa é maior!



 Acordo. Está escuro. Consegue-se apenas perceber o que me rodeia com a pouca luz que passa pela fresta que a persiana não consegue tapar.
Não sei onde me encontro. Não adivinho como aqui vim parar.
Não me sinto perdido, apenas não sei que lugar é este.
Vejo caras estranhas. Corpos nus, despidos de qualquer mágoa.
Um cheiro intensa a carne. Suor. Cheiro pesado a sexo.
O meu corpo sente-se pegajoso.
Não reconheço o que fiz.
Tento relembrar como tudo acabou.
Vêem imagens à memória. Intensas. Carnais.
Ouve-se música que toca sem parar. A discografia ainda é a mesma.
Não fui o único a acordar. Há mais olhares a percorrerem o local.
Cruzam-se. Há um misto de dúvida, pesar, medo, sorrisos vêem à toa.
Tento levantar-me, mas o meu corpo não permite.
Cansado, dorido. Marcado.
Pulsos, ombros, pescoço.
Negro, num corpo tão branco. Dor.
Olho para o lado, ao sentir a pele colada.
Pele com pele. Colada de tanta transpiração.
Continuo a sentir o peso da atmosfera em que estou envolvido.
Vêem-se pernas, pés, braços, mãos. Cabelos, cabeças.
Roupa no chão. Corpos na minha mão. Ambas.
Delicio-me com os últimos pensamentos que me trazem à memória, o que foi o fim.
Não sei mesmo onde me encontro.
Cansado, dorido, satisfeito!
Estranho.
Alguém se move, cruzamos os olhos para o corpo que se movimenta.
Alguém ainda tem forças para se levantar.
Um corpo despido. Primeiro cabelos, costas, nádegas, pernas. Movimenta-se e sai da sala, quarto, divisão. Que lugar este.
Volta. Por entre do que os cabelos tapam, vê-se uma carinha com olhos semi-serrados a olhar para mim e para o outro conjunto de olhos presente na sala, quarto. Lugar este.
Ri-se. O outro conjunto de olhos torna-se pessoa.
Levanta-se. Vejo cabelos a não conseguirem tapar os seus seios. Devagar aproxima-se do outro corpo nu. Dão as mãos. Vejo constrangimento. Olham para mim e eu sorrio. Os seus olharam agora cruzam-se. O primeiro descobre o seu peito dos seus cabelos. Vejo-a ganhar coragem e dá um pequeno beijo na bochecha da pessoa à sua frente.
Um pouco tímida, mas gosta do gesto e retribui.
Sorriem!
Ainda perdido nos sentidos gastos. Tapo-me. Arrepiado.
Manjar dos deuses que tenho perante mim.
Uma visão do paraíso.
Calado, sem conseguir falar. Noto que me dói a garganta. Mesmo a língua.
Não estranho.
Trocam carícias. Deleito-me a ver os seus corpos pegados.
Pequenas partes destes a tocarem-se em simultâneo.
Sem forças para me juntar. Olho, apenas.
Sem perder, vejo que se vão aproximando.
Continuo sem me mexer. Sem forças.
Quando dou por mim tenho dois vultos à minha frente, em cima.
Corpos nus, que se baixam e me beijam.
Primeiro nos lábios, depois pescoço. A partir daí deixo de dar conta.
Um misto de dor e prazeres.
Vejo a coragem requerida nos seus corpos cansados e já suados, outra vez - penso.
O primeiro cruzar de olhos, ao descer põe as suas pernas entre a minha cabeça. Ajoelha-se.
Sinto cochas e depois já nem sinto.
Sinto, sim, algo lascivo. Húmido. Beijo, lambo, passeio com os meus lábios.
A língua dorida acorda.
O meu corpo estremece, algo me faz acordar. Um mesmo conjunto de lábios, línguas fazem-me acordar. Não a mim, mas também, o meu corpo.
A dor é imensa, a mágoa ainda maior.
As minhas mãos já não aguentam estar quietas. Percorrem o que encontram.
O corpo contorce-se.
Não aguento. Fujo. Parto. Perco-me!
A dor é imensa e a mágoa ainda mais. Penso!
Não consigo sequer pensar. Movimentos já automáticos.
Perco o controlo daquilo que nunca tive desde inicio.
Sinto-me a sufocar. As pernas que me envolvem apertam-me. Não consigo respirar. Ou assim julgo.
Delicio-me.
O segundo cruzar de olhos aproxima-se dos meus lábios e do que se encontra colados a eles.
Junta-se. Um pouco tímida. Mas vejo a diferença que trouxe a noite para o dia.
Sabe o que faz, ou pelo menos assim julgamos todos.
Beija como eu beijo. Faz como eu faço.
O corpo em cima pára com os barulhos já nada estranhos.
Afasta-se lentamente. Ainda por satisfazer.
A timidez aproxima-se, beija-me nos lábios enquanto alguém me sussurra ao ouvido um 'bom dia' nada tímido.
Os corpos colam-se em mim.
Contorcem-se. O ambiente aquece cada vez mais.
O corpo dorido, cheio de dor.
A dor é imensa, mas a mágoa ainda é maior.
E deixo-me levar pelo que resta dos meus sentidos.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Não Pensamento

Idealizei. Uma pequena historia.
Contada por palavras. Sonhada no pensar.
Inspiro, expiro o fumo dentro de mim.
Tudo parece, no entanto, é simples.
Penso, sonho, idealizo coisas. Coisas essas não tanto banais.
Perco-me nas sensações que o pensamento me dá.
O corpo arrepia.
Vejo-me sentado na poltrona.
Um filme um tanto divertido de jogos humanos.
Fico desnorteado. Perco-me no sabor que carrego nos meus lábios.
Surge um sorriso. E o tudo percorre o meu corpo.
O que dava para ali me encontrar. No mesmo espaço.
Provocado, desejo. A visão ilude-me. Dá-me sentidos. Sinto mais do que vejo.
Não toco, impossível!
Encontro-me preso à poltrona. Estas cordas não me deixam.
Elas vindas da minha imaginação.
Os olhos mentem. Dão-me a mostrar algo belo. Desejável. Mas impossibilitam-me de parar este momento.
Simples, calmo. De tirar a respiração.
Um pouco mais, peço - dentro de mim.
Devagar, aproxima-se.
Não me consigo soltar. Sinto a respiração.
O cigarro apaga-se.
O momento acaba.
Mas alguém sussurra: «Sente!»

Por vezes vejo-me perdido no pensamento do acto..
Por outras, deixo simplesmente de pensar.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Essência.

Vem de temos a tempos. Não o que se procura mas o que já se encontrou. Surge por meias palavras. Nas esquinas, escuras. Por debaixo de um candeeiro intermitente. Num banco de uma jardim à noite. Encostado a uma parede. No final de umas escadas. Ou, até, mesmo no meio de uma multidão. Naquele lugar, qualquer.
Tudo isto em sítios escondidos. Todos eles, mesmo por entre a multidão. Todos eles.
Tanto começa como acabam num olhar. Estes momentos.
Um cruzar de olhos.
Um suspiro.
Uma dor e uma mágoa. 'Sofrimento'!
Um sorriso.
Vem como quem fica. Parte como até sempre.
Inebriantes e efémeros momentos.
Agridoce!
Ao mesmo tempo, momentos capazes e incapazes, de tudo ou de nada.
Um copo meio cheio. Um copo meio vazio.
Pessimismo. Positivismo.
Meias palavras.

A Essência do sentir.

-

Quando era pequeno. Um pirralho. Ouvi esta história, algo como:
"Havia um menino que era pastor. E como tal, todos os dias ia guardar as ovelhas para o monte.
Passado algum tempo, ele fartou-se de não fazer nada, então resolveu pregar uma partida à população onde residia e rir-se com isso.
Assim, certo dia, enquanto guardava o rebanho de ovelhas, começou a gritar - «LOBO, Acudam. Lobo!».
A população toda assustada, respondeu ao grito e foi a correr para ajudar o menino. Mas, quando chegaram ao monte e viram o menino são e salvo, e a rir-se da situação, ficaram chateados e voltaram para as suas casas.
Passado uns tempos o menino voltou a fazer o mesmo. A população respondeu ao gritou e foi ajudar o menino. No entanto, já nem toda a população foi ajudar, pois ainda estavam indignados com a brincadeira anterior. Mas, na mesma, a população chega ao pé do menino e vê que ele estava a brincar na mesma. Ficando assim mesmo chateados com ele.
No entanto o menino não voltou mais a brincar com a situação.
Mas, certo dia, aparece um lobo e ataca o rebanho de ovelhas. O menino todo aflito grita- «LOBO. Acudam. LOBO!!». Mas desta vez ninguém veio. Ficando o menino sem ovelhas."
Moral da história?

Essência do mentir.

-

Em pele. Crua. Nua.
Devagar.
Deslizo as mãos pelas costas. Tocando, massajando. Devagar. Um pouco à bruta.
Ombros.
Pescoço.
Descendo pela coluna. Cada costela.
Fundo das costas. Pressionar.
Devagar.
Descendo.
Nádegas. Tocar. Sentir. Acalmar.
Confiar.
Coxas.
Pernas
Pés.
Tirar a pressão exercendo outra.
Relaxar.
Ainda mais devagar.
Subir.
Ao de leve.
Ir tocando.
Pernas.
Coxas.
Virilha. Lentamente.
Sentir a respiração.
Nádegas. 
O interior. Exterior.
Calma. Lentamente.
Sentir a a respiração.
Insistir um pouco mais.
Confiar. Mais.
Sentir a pulsação. Como ela acelera.
Subir.
Mordiscar.
Tocar ao de leve. Lábios. Língua.
Mordiscar.
Beijar.
Subir.
Fundo das costas. As covinhas.
Com as mãos bem coladas ao corpo, subir.
A pele. Toca-se. Sente-se o desencontrar das respirações.
Subir.
A pele. Toca-se cada vez mais. Conhecem-se.
As mãos na nuca. 
Os lábios no pescoço.
O corpo pegado.
A respiração encontra-se.
Calma.
A fricção. A sensação.
Ainda não.
Mais.
Descer. Com os lábios
Tocar. Devagar.
Intenso.
Sentir.
Insistir, Mais.
Beijar. Lábios. Língua.
Êxtase.
Devagar. Lentamente.
Subir.
A Pele. Sente-se.
Quer-se.
Tudo.
Insiste-se.
Sente-se.
A respiração. Pulsação.
O gemido.

Essência do prazer.

-

A Essência das coisas.
Algo simples e natural.
Complexo. Perplexo.

sábado, 7 de abril de 2012

Karma

Não lamentarei o que fiz ou, sequer, o que alguma vez disse.
Digo isto com pesar e contradição. Pois, nem eu próprio acredito nas minhas palavras.

Não acredito no que fiz. No que disse. Naquela ou esta atitude.
Não acredito que estive ou que fui.
Não acredito em nada disto.
Mas, também, não acredito que o tivesse deixado de fazer, ter aquela ou esta atitude. Que deixasse de estar ou de ir. Ou até, mesmo, deixar de acreditar nisto.
Apenas acredito em algo abstracto. Sonhado.

Em como o tudo se tornou no nada.
E como o nada se tornou em tudo!



Is the not live enough that afraids me.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Um pouco de 'idiotez'

(pego num cigarro)
Imaginemos:
(acendo)
Toda a gente é convidada. Amigos, melhores amigos, pessoas que fazem algum sentido. Colegas, conhecidos com quem se está diariamente. As pessoas de quem gostamos e as pessoas por quem temos um carinho especial. Mas acima de tudo a pessoa que desejamos, queremos e sentimos uma certa paixão, sentada numa das pontas da mesa.
Nestes todos há aqueles quem odiamos, de certa forma, também.
Todos reunidos. Todos sentados numa mesma mesa. Alguns em grupo, outros meios separados sem conhecer ninguém. Na altura até se podem fazer amizades por conveniência da solidão existente.
Mas, a meu ver todos falando.
Imaginemos eu sentado na outra ponta da mesa.
Sentado, calado, observando. Procuro saber o porquê de cada pessoa ali estar. Algumas porque faz sentido, outras apenas porque lhes apeteceu, outras porque realmente querem ali estar, outras, ali, pela curiosidade daquele convite.
Imaginemos que se encontram ali todos os que foram convidados. Os simpáticos e os antipáticos. Os bons e os maus. Os que me ajudaram e aqueles que me puxaram para trás. Aqueles que acreditam e aqueles que já não são capazes de tal. O preto e o branco. O fogo e a água. Todos juntos, de certa forma misturados.
Todos se questionam porque ali estão. Eu respondo que nem eu próprio o sei muito bem. Apenas tenho uma coisa em mente.
De início vem a comida, e eu apenas pergunto: o primeiro que nunca pecou que se levante e vá embora. Filósofo que sou, todos se riem e no entanto todos ficam e comem. Já que é para isso que cada um ali está.
Tudo corre bem, as conversas fluem e os olhares no fundo da mesa são capazes de surgir.
Vem o café para quem quer. Pequeno prazer.
(outro cigarro)
Aí digo: quem nunca errou que se levante e vá embora. E no entanto todos erraram e todos ficaram.
No final de tudo, peço permissão para falar.
De copo cheio na mão.
E as palavras sucedem-se:
-A todos um obrigado por terem vindo. Apenas quero perguntar, quem nunca mentiu? Que não brindem comigo!
E assim seria. A imaginação no fundo de um copo de verdade.

Imaginemos que tudo isto é possível.
Imaginemos que não haveria nãos nem senãos.
Uma imaginação um pouco parca, inútil e idiota.
No entanto seria como tudo na vida. Coisas por serem e coisas por escolha própria.
Seria como eu. Como o meu Ser. Como eu enquanto pessoa.

Nem sempre fui de certas palavras. E no entanto fui de dizer outras.
Nem sempre fui sincero ou mostrei o que realmente queria. Mas, no entanto, sempre menti, omiti sem pestanejar. Sempre fiz o que achei correcto no momento. Como por outras vez fiz o que achei correcto, mesmo implicando erros. E assim aguentar com as consequências. Mesmo cabisbaixo mas de peito erguido.
Como agora.
Escolhi o que era errado, mas pensando em algo maior.
Ciente do que poderia acontecer e das previsões todas elas correctas, até as minhas.
Sempre tive algumas atitudes ditas de 'criança', outras que nem de 'adulto' se podem chamar.
No entanto fui acumulando algum saber em mim, mesmo que errado.
Como exemplo este pequeno texto, esta grande idiotice. No entanto a transmitir aquilo que sei, ou espero saber. [Não vá a Puta Da Mania subir em mim].

Sei neste momento que certas coisas já nada importam e que outras muito menos ainda.
Sei hoje que a mentira estará sempre presente. E o dito amadurecimento só surgirá quando assim se deseja, como em conversas. Como se tenta tirar ou dar razão a algo. Mas nunca em actos. Sim! Porque palavras leva-as o vento.
Alguns não saberão do que falo, como sempre, outros pensarão que sabem.
Mas digo que nem eu próprio sei do que falo. Apenas é o que me vai na alma.

Sei que trago em mim grande discordância e grande dissonância. Trago, imagino, em mim todos os sentimentos do mundo e trago nenhuns. Trago em mim todos os pensamentos possíveis, todos os cenários possíveis, mas aí ,apenas e só, sei quais os realmente possíveis e quais o que posso chamar de realidade.
Sei, hoje, e uma vez mais, o que não fazer, como sinceramente sei o que realmente quero.
E assim escrevo.
Assim o digo e assim o mostro:

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."


Já nada soa com a mudança.
Muda-se apenas.
É-se apenas.
Sê-se apenas.
Sou!

I am, a whisper, a piece, a fear. A mistake!
As drunken as words could get. Sober and sincere: