domingo, 27 de março de 2011

o segredo da cumplicidade

Por alguns momentos sorri hoje.
Foi engraçado encontrar cartas da minha infância.
Foi giro ver brincadeiras em certos sítios.
Foi bom sorrir com a cumplicidade de coisas que se deviam ter apagado há imenso tempo. Brincadeiras que outrora existiram. Ainda me vão julgar por tal.

Foi engraçado enterrar-me em papeis e encontrar recibos, facturas destes últimos anos. Tenho a dizer que gastei algum. Mas que importa, sorri ao ver em que é que tinha gasto a maior parte do dinheiro (viagens). Foram algumas ainda.
No meio de um pote encontrei um segredo. Segredo esse que está bem guardado agora. Segredo que já não devia existir. Mas aconteceu guardar. Enfim, há coisas que por mais más que possam ser há luz das pessoas, para mim a cumplicidade estão naqueles momentos, naqueles momentos secretos, íntimos, cúmplices, verdadeiros, cheios de brincadeiras, cheios de pensamentos, desejos e paixão.
Para mim as memórias do meu passado ressaltaram hoje ao ver cartas, imagens, filmes, conversas, prendas, surpresas, coisas feitas. Tanta coisa em tão pequenas coisas.
Há luz dos meus olhos que ganharam o ímpeto de me fazer sorrir.
Mas há segredos e segredos e...

o que não aconteceu. Como seria?

Quando a alma não é pequena faz-se o que se quer dela.
Quando a alma é mínima faz-se o que se pode.

Por vezes dou por mim a olhar o espaço à procura de algo que possa haver nele, chegando sempre à mesma afirmação: só existe o que realmente há para ver. Mesmo que seja 'abrir' bem os olhos.
Olho para o mundo, olho para o particular e continuo a olhar para quilo que se possa perder no âmbito da minha imaginação.
Imagino por vezes o que poderia ser se as minhas escolhas, ou os meus actos, tivessem sido diferentes. Por vezes tenho saudades do passado, apenas sabendo qual dos passados a qual me refiro.
Em conversa de café apercebi-me que sofro de um síndrome, não sabendo qual (mas ele existe), que me faz arrepender de poucos momentos e escolhas na minha vida. Por vezes pergunto-me porque me arrependo de meia dúzia dos meus actos. Penso que não são assim tantos, enfim.
Neste, ao qual me refiro, penso arrepender-me de ter continuado
com os meus planos, decididos na altura, e de não ter parado com eles. No entanto salta-me à memória que o futuro após esse passado, que neste momento já é passado, me fez ficar contente com a minha escolha e aí surge o real arrependimento, do que poderia ser algo mais completo em mim.
[num aparte, penso que muita gente não chegará a onde gostava que chegassem, neste pensamento]
Estando para lamechismos, digo que o que aconteceu, e ainda bem que aconteceu, poderia ser melhor, agora.
Aqui finalizando fica:
















Esta foto, para quem nunca reparou (ou seja, eu reparei), encontra-se algures à porta de um estabelecimento nos Aliados em OPorto. Ficou-me na cabeça e tirei fotografia. Está engraçado. Penso!

segunda-feira, 14 de março de 2011

another one till the end

É engraçado naquilo que as pessoas se tornam.
É puramente e injustamente engraçado.
É este o pensamento que me persegue neste momento, de escrita.

Escrevo hoje porque:
-vivi até ao dia de hoje;
-me lembrei de o fazer;
-porque a introspectiva é constante;
-sufoco à medida que respiro;
-os pensamentos são demasiados em relação a vários temas;
-os temas jamais discutidos me impressionam numa perspectiva nunca antes tida;
-as janelas estão abertas;
-ouço a música que não devia ouvir;
-tudo continua igual;
-tudo mudou;
-sinto a necessidade de voar;
-me sinto incapaz;
-me sinto incontrolável;
-o cigarro me obriga;
-
-
-
-
-
-
-
-
-sou Eu;
-me simplesmente me apetece.

É na noite de hoje que agradeço a todos.
À mudança e à 'não mudança'.
A mim e aos outros.
Aos que me acompanharam e aos que não estiveram.
Aos que estão e aos que já partiram.
Aqueles que ficam e aqueles que já não o são.
A mim e a vocês.
Paneleirices. Amanhã.

-

Se no fundo queres mudar, não mudes. Segue enfrente. No futuro, talvez, quem saiba.



Frase: deixa ser. deixa acontecer. entrega!