quinta-feira, 28 de junho de 2012

no second words.

Yes! That's it!
Feels like no words.
Just throw something.
Doesn't work
Break something.
Still not work.
Kill something.
Doesn't work either.
Snap.
Can't write.
Drink.
Smoke.
Take.
Fuck.
Nothing works.
One in a mil, nothing work.
Seems like. Nothing.
Don't want to believe in something. Nothing.

Brake. Throw. Brake. Feel.. Brake. Take. Brake. Fuck. Brake.
Snap!
Drink. Smoke. Feel. Nothing.
Anger. Rage. Fury. Ire. Nothing. Odium!
Feels like. Nothing.
Snap!
Read. Write. Ask. Answer. See. Close. Call. Quiet.
Snap.
Brake. Drink. Smoke. Fuck.
Don't do nothing.
Scream. Shout. Shallow.
Snap.
Throw. Brake. Tense.
Don't want to believe why.
Don't want to realise.
Snap!
Feels like no-me.
Snap!
Take. Throw. Fucked up.
Drunk. High. Fuck!
Feels like. Nothing.
Empty! Can do no more.
Write. Read.
Close! Open.
Open! Close.
No matter what I do.
No matter what I don't do.
Snap!
Throw.
Level high.
Drink. Smoke.

Google:
-Anger;
-Rage;
-Rabies;
-Fury;
-Ire;
-Madness;
-Dander;
-Odium;
-Rabidity;
-Paddy;
-Paddywhak.

SnaP!
Brake. Stuff, a glass, the mirror, the door, the window, me.
Why. Don't need to know. Don't want to know. Really don't want to know.
Anger. To be.
Rage. To do.
Rabies. To not to.
Fury. Of something.
Ire. Of anything.
Madness. Of me.
Dander. Of everything be some.
Odium. Of some.
Rabidity. For something. And brake.
Paddy. Again.
Paddywhak. Feels like. Or want to.

SNap
Can. Can't I.
Do. Don't I.
Be. Not be.
Smash.
Doesn't go better.
Feels like. Nothing.
Take. Stand.
One. Two. Three Four. Start!
Take. Brake. Throw.
SNAp!

Glasses everywhere!
Brains all over.
Be. In the floor.
Jump. Fall. No wings. No. Nothing.

SNAP!
No words. Only silence. Inside.
Tear! It! Down!
Dint!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ainda te procuro.

Por entre becos, esquinas. Por debaixo de luzes solitárias. Por entre castelos, pontes ou passadiços. No final das escadas ou no meio destas. Num banco de jardim ou no parque das antigas crianças.
Ainda te procuro, em jardins secretos ou no final da quelha. Ao lado de uma árvore ou apenas no espaço livre.
No meio do hall ou já na saída deste. Por entre os lençóis já usados ou simplesmente pelo quarto.
Ainda te procuro no meio da multidão ou quando julgo não haver ninguém. Num bar qualquer ou naquela esplanada já antes batida.
Procuro em todas as matrículas de carros ou em todas as moradas que me surgem há memória.
Em pequenos gestos gastos em mim. Ou quando descubro hábitos não meus.
Ainda te procuro no âmago do ser, do não-ser, da breve existência.
Ainda te procuro, como já jamais te procurei.
Simples e breve. Sem grandes palavras. Ainda te procuro.
Sem saber onde, ou quando, mas procuro.
Ainda te procuro naquele beijo, naquele momento, naquele local, naquele dia, aquela hora.
Ainda procuro o cheiro, não aquele, mas todos. Arrepio quando todos parecem iguais.
Ainda procuro o que não existe mais ou o que nunca existirá. Aquilo que existiu ou apenas imaginei.


Ainda tenho sede. Sede de mais. Ainda acho que o copo estava meio vazio.
Ainda procuro o resto que falta. O que ficou por faltar.
Tropeço a cada esquina que paço. Perco a visão no negrume da noite ao olhar para um beco.
Ofusco-me a mim mesmo quando olho directamente para as luzes, quando julgo ver esse brilho passar.
Fico sem ar, quando necessito de olhar uma segunda vez. Deixo de respirar quando todas as vezes são equívocos.


Tudo é um equívoco. As palavras saem, mas soltas. junto-as na esperança que se forme algo com nexo.
Tremo quando penso encontrar, suspiro em temer encontrar.
Os sentidos perdem-se toda a vez.
Deitado na cama, perdido nos lençóis dos meus pensamentos.


Encontro-te sim, num travo final deste cigarro, ou do próximo.
Na última gota daquele bom vinho.
Perco-me no encontrar do juntar do bom ao mau.
Expiro, deixo o fumo das minhas ideias esvoaçarem à minha frente.
Vejo a névoa que crio. Encontro-te aí. Na mística desse meu respirar.
Provo-te. Tenho-te, por momentos. Vivo. Mato-te. E deixo.


Ainda te procuro, mesmo depois de te ter.
No final deste ou do próximo.
Na próxima saída.
Ou quando deixar de respirar.
No próximo olhar. Vazio! 

sábado, 9 de junho de 2012

Como...

Por vezes, fácil. Noutras, é mais difícil do que parece.
Entregamos-nos ao que julgamos essencial na vida. Ou, perdemos-nos em coisas fúteis
Julgamos ser mais fortes do que realmente somos. Apenas para mais tarde perceber que não éramos.
Não nos sentimos culpados. Mas, sentimos que não estamos completamente livres dessa culpa, dita não existente. Sentimos-nos culpados, pelas coisas que deixámos para trás. Aquelas pequenas coisas.
Fazemos das coisas complicadas coisas simples. E, das simples as mais complexas de sempre.
Temos cabeça. Ou, a cabeça já se perdeu.
Ganhamos. Perdemos.

Uma de-sinfonia afinada. Sublime e nada complexa.
Estando impregnado em nós. Esta música dançante.
Sentimos-nos alinhados nela. 
Percebendo todo e qualquer caractere dessa mesma pauta. Mas, não sabendo sequer tocá-la.
Apenas a sentimos em nós.

A início, está tudo bem. Ou, tudo mal. Dependendo do nada deixado. Ou, do tudo ganhado.
Ocupamos os lugares. Ocupamos lugares.
Fechamos-nos. Ou, abrimos-nos.
É todo um envolvente de escolhas e não-escolhas.
Há quem se deixe levar ou siga. Há quem tome rumos ou pegue no leme.
Há quem suba rios ou os desça.
Há escolhas. Mas sempre escolhemos não escolher. Deixamos-nos apenas escolher.
Há esquerdas e direitas. Mas seguimos em frente.

Acabamos por tomar a atitude da des-atitude.
De deixarmos de ser o que fomos. Ou, ser o que não fomos.
Somos e éramos ao mesmo tempo. Somos e seremos. Ou, assim julgamos pensar.
Esquecemos. Recordamos. Criamos.
Mas, no fundo, não deixamos de ser. Até o deixar-mos de realmente ser.

Fui , não sou, serei.
Não vi, vejo, não verei.
Fiz, não faço, farei.
Não fui, sou, não serei.
Vi, não vejo, verei.
Não fiz, faço, não farei.

É necessário querer, crer, distinguir, subestimar.
É preciso aprender. Decidir aprender. 
Até que deixe de ser fácil ou se torne difícil.
Mesmo que, por vezes, seja fácil. Ou, seja mais difícil do que realmente é.


sábado, 2 de junho de 2012

A mágoa é maior!



 Acordo. Está escuro. Consegue-se apenas perceber o que me rodeia com a pouca luz que passa pela fresta que a persiana não consegue tapar.
Não sei onde me encontro. Não adivinho como aqui vim parar.
Não me sinto perdido, apenas não sei que lugar é este.
Vejo caras estranhas. Corpos nus, despidos de qualquer mágoa.
Um cheiro intensa a carne. Suor. Cheiro pesado a sexo.
O meu corpo sente-se pegajoso.
Não reconheço o que fiz.
Tento relembrar como tudo acabou.
Vêem imagens à memória. Intensas. Carnais.
Ouve-se música que toca sem parar. A discografia ainda é a mesma.
Não fui o único a acordar. Há mais olhares a percorrerem o local.
Cruzam-se. Há um misto de dúvida, pesar, medo, sorrisos vêem à toa.
Tento levantar-me, mas o meu corpo não permite.
Cansado, dorido. Marcado.
Pulsos, ombros, pescoço.
Negro, num corpo tão branco. Dor.
Olho para o lado, ao sentir a pele colada.
Pele com pele. Colada de tanta transpiração.
Continuo a sentir o peso da atmosfera em que estou envolvido.
Vêem-se pernas, pés, braços, mãos. Cabelos, cabeças.
Roupa no chão. Corpos na minha mão. Ambas.
Delicio-me com os últimos pensamentos que me trazem à memória, o que foi o fim.
Não sei mesmo onde me encontro.
Cansado, dorido, satisfeito!
Estranho.
Alguém se move, cruzamos os olhos para o corpo que se movimenta.
Alguém ainda tem forças para se levantar.
Um corpo despido. Primeiro cabelos, costas, nádegas, pernas. Movimenta-se e sai da sala, quarto, divisão. Que lugar este.
Volta. Por entre do que os cabelos tapam, vê-se uma carinha com olhos semi-serrados a olhar para mim e para o outro conjunto de olhos presente na sala, quarto. Lugar este.
Ri-se. O outro conjunto de olhos torna-se pessoa.
Levanta-se. Vejo cabelos a não conseguirem tapar os seus seios. Devagar aproxima-se do outro corpo nu. Dão as mãos. Vejo constrangimento. Olham para mim e eu sorrio. Os seus olharam agora cruzam-se. O primeiro descobre o seu peito dos seus cabelos. Vejo-a ganhar coragem e dá um pequeno beijo na bochecha da pessoa à sua frente.
Um pouco tímida, mas gosta do gesto e retribui.
Sorriem!
Ainda perdido nos sentidos gastos. Tapo-me. Arrepiado.
Manjar dos deuses que tenho perante mim.
Uma visão do paraíso.
Calado, sem conseguir falar. Noto que me dói a garganta. Mesmo a língua.
Não estranho.
Trocam carícias. Deleito-me a ver os seus corpos pegados.
Pequenas partes destes a tocarem-se em simultâneo.
Sem forças para me juntar. Olho, apenas.
Sem perder, vejo que se vão aproximando.
Continuo sem me mexer. Sem forças.
Quando dou por mim tenho dois vultos à minha frente, em cima.
Corpos nus, que se baixam e me beijam.
Primeiro nos lábios, depois pescoço. A partir daí deixo de dar conta.
Um misto de dor e prazeres.
Vejo a coragem requerida nos seus corpos cansados e já suados, outra vez - penso.
O primeiro cruzar de olhos, ao descer põe as suas pernas entre a minha cabeça. Ajoelha-se.
Sinto cochas e depois já nem sinto.
Sinto, sim, algo lascivo. Húmido. Beijo, lambo, passeio com os meus lábios.
A língua dorida acorda.
O meu corpo estremece, algo me faz acordar. Um mesmo conjunto de lábios, línguas fazem-me acordar. Não a mim, mas também, o meu corpo.
A dor é imensa, a mágoa ainda maior.
As minhas mãos já não aguentam estar quietas. Percorrem o que encontram.
O corpo contorce-se.
Não aguento. Fujo. Parto. Perco-me!
A dor é imensa e a mágoa ainda mais. Penso!
Não consigo sequer pensar. Movimentos já automáticos.
Perco o controlo daquilo que nunca tive desde inicio.
Sinto-me a sufocar. As pernas que me envolvem apertam-me. Não consigo respirar. Ou assim julgo.
Delicio-me.
O segundo cruzar de olhos aproxima-se dos meus lábios e do que se encontra colados a eles.
Junta-se. Um pouco tímida. Mas vejo a diferença que trouxe a noite para o dia.
Sabe o que faz, ou pelo menos assim julgamos todos.
Beija como eu beijo. Faz como eu faço.
O corpo em cima pára com os barulhos já nada estranhos.
Afasta-se lentamente. Ainda por satisfazer.
A timidez aproxima-se, beija-me nos lábios enquanto alguém me sussurra ao ouvido um 'bom dia' nada tímido.
Os corpos colam-se em mim.
Contorcem-se. O ambiente aquece cada vez mais.
O corpo dorido, cheio de dor.
A dor é imensa, mas a mágoa ainda é maior.
E deixo-me levar pelo que resta dos meus sentidos.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Não Pensamento

Idealizei. Uma pequena historia.
Contada por palavras. Sonhada no pensar.
Inspiro, expiro o fumo dentro de mim.
Tudo parece, no entanto, é simples.
Penso, sonho, idealizo coisas. Coisas essas não tanto banais.
Perco-me nas sensações que o pensamento me dá.
O corpo arrepia.
Vejo-me sentado na poltrona.
Um filme um tanto divertido de jogos humanos.
Fico desnorteado. Perco-me no sabor que carrego nos meus lábios.
Surge um sorriso. E o tudo percorre o meu corpo.
O que dava para ali me encontrar. No mesmo espaço.
Provocado, desejo. A visão ilude-me. Dá-me sentidos. Sinto mais do que vejo.
Não toco, impossível!
Encontro-me preso à poltrona. Estas cordas não me deixam.
Elas vindas da minha imaginação.
Os olhos mentem. Dão-me a mostrar algo belo. Desejável. Mas impossibilitam-me de parar este momento.
Simples, calmo. De tirar a respiração.
Um pouco mais, peço - dentro de mim.
Devagar, aproxima-se.
Não me consigo soltar. Sinto a respiração.
O cigarro apaga-se.
O momento acaba.
Mas alguém sussurra: «Sente!»

Por vezes vejo-me perdido no pensamento do acto..
Por outras, deixo simplesmente de pensar.