segunda-feira, 13 de maio de 2013

High on sex....and stuff.


A explicação (a um 'analfabeto' em certos termos):
Quando se pede uma bola de gelado de stracciattela, com aqueles pedacinhos de chocolate. Bem crocantes.
Depois juntas outra bola, de nata. Fazendo as duas bolas envolverem-se numa junção perfeita, de sentidos. Até se pode pôr um pouco de topping, de chocolate negro. Amargo.
A junção perfeita. O doce e o amargo. O fresco na tua boca. O chocolate, tanto a desfazer-se com o calor, tanto a senti-lo enquanto o trincas lentamente. O mole e o duro. O quente e o frio.
Aí, é o primeiro sentir. O comum.
Depois,junta-se o pecado. Essa droga tão humana. Uma bola de framboesa. Esse doce diferente. É aí onde está o segredo. A diferença. A diferença de sabores. Aquele contraste entre todos os sabores. Arrepias-te.


A vida é feita de pequenas coisas de dentro dela.
Doces. Esses pedaços duro e crocantes. Esses pedaços que se desfazem enquanto os vivemos. Pequenas coisas que nos fazem fazer viver.
Por vezes podem juntar-se coisas amargas. Nem sempre desejado, mas sempre bem vindo. O cortar do doce mantendo-se doce.
Por fim, surge a peculiaridade. Aquele contraste entre duas coisas. A diferença. O que te arrepia. O pecado. O desejo.
O corpo sente isso. A mente saboreia isso. O paladar, esse, explode.

(Explicação de uma ou duas mocas, a um “analfabeto”: )"Estás a ver, quando tu vais comprar um gelado e pedes uma bola de stracciattela, com aqueles pedacinhos de chocolate, bem crocantes… (pausa) e depois pedes outra bola… de nata. E as duas bolas envolvem-se numa só junção perfeita. Até podes pedir um topping, de chocolate preto … tem de ser preto para fazer aquele contraste meio amargo. (pausa) Depois a isso tudo juntas uma bola de framboesa, hummm (olhos fechados) é a segunda droga… aquela diferença de sabores, aquele corte, aquele contraste entre as duas coisas… "

Como que prometido.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Is what it is


 A vida não nos dá segundas oportunidades. Embora possam surgira oportunidades semelhantes, não nos deixa voltar a trás com o conhecimento para mudar-mos o que seja necessário. Dá-nos sim um forma introspectiva de oportunidade para assimilarmos o desprazer de uma determinada situação ou escolha. deixa-nos saborear de forma sarcástica o que poderia ter sido diferente, deixando-nos assim num estado de dormência a nível das sensações. Deixamos de sentir o quente e o frio do que nos rodeia. Tornamos tudo mais ameno. Faz-nos agarrar ao hábito e há simples sobrevivência humana.


A vida é filha. É filha da sorte. Da sorte com que criamos ao dar um simples passo.
A vida é mãe. É mãe do azar. Somos que um segundo filho, onde se tenta melhorar no que se errou antes.
A vida é avó. É avó de todos os que já foram. O passado ensina-nos, mas só nós podemos saber como assimilar esse passado.
A vida é uma amiga. Escolhemos mentir ou enganar-nos a nós próprios, quando na realidade escusamos de o fazer.Quando apenas a nós próprios devemos explicações e o fazemos com o outro.
A vida é egoísta. Não nos deixa morrer
A vida é orgulhosa. Não nos deixa viver.

A vida é acordar e saber levantarmos-nos para a contrariedade que subsiste nas mentes que criámos.
É olhar ao espelho e vermos a semelhança e a mudança que ele trás.
A vida é um acidente de percurso definido. E apenas vivemos quando o tornamos incerto certo.
A vida é quando deixamos de querer viver.
É quando dizes 'sim' ou 'não'. É quando te atiras e julgas não pensar. É quando mergulhas e te arrepias com a diferença de temperatura. A vida é uma fotografia numa moldura. É olhar nos olhos da pessoa à tua frente e conseguir chorar. É grande, parte dela, olhar para essas mesmas pessoas e sorrir. É um café inesperado. É aquele cigarro fora-de-hora. São aqueles cinco minutos em que sais mais cedo.
É a tua primeira vez. É a surpresa. É o surpreender dentro do igual. É aceitar que tens de a viver. É aceitar o que não tens de viver para a viver. É fazer o que não-fazer. É, sim, não fazer o que a vida te manda. É fazer o que tu não fazes dela.
A vida, essa, é puta. É aceitar que ela existe perante as nossas escolhas.
E mesmo assim, sorrir.




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sem saber...



Tudo começa, devagar.
-Sentes-te bem? - Murmura ela.
Ele respira fundo e acena, como sinal positivo. Já não tem em si o que bebeu.
P já não se encontra em plena consciência. Sabe que bebeu demais, fumou demais, experimentou demais. Apenas confia.
- Hoje a noite é nossa. - Afirma ele.
Ela sorri. Agarra na mão dele e puxa.
- Onde vamos? - Pergunta P.
- Vem! Preciso de ir à casa-de-banho.
Ele segue. Ela é quem comanda. Desviando-se do público. Aos olhos dele, as pessoas passam-se, parecem meros vultos Meras sombras.
Depois das escadas ele percebe. Sorri.
- Espera aqui.
Ele acena positivamente. 
Passados poucos instantes ela regressa.
- Vem! Não está ninguém. - Abre a porta.
- Para qual?
- Para o último. Está sempre mais limpo.
Apressam-se. Ela tranca a porta por dentro.Vira-se para ele, sorri, e agacha-se. Desabotoa os botões. Baixa os boxers E toca.
Ele sorri. Todos os sentidos vêem ao de cima. Ele apenas consegue sorrir.
Ela nem precisa de se esforçar. Olha para cima e sorri. Continua. Primeiro um pouco. Depois um pouco mais.
Ele apoia-se na parede à sua frente. Apenas respira. Aos poucos vai descendo uma das mãos. Primeiro acaricia-lhe os cabelo. Depois agarra-o.
Mais fundo.
- Sabe tão bem. - Conclui. - Pára. Sobe. - Puxando-a, vai olhando para ela sorrindo. Beija-a. - Vira-te!
Encostando-a à parede e com um toque meio desnorteado sobe-lhe a saia.e tenta puxar as meias.
- Não as rasgues. - Diz ela.
Tinha pouca vontade. - Pensa ele. Com alguma ironia.
Tenta rapidamente resolver a situação. Tinha ele andado a noite toda a desejar rasgar tal pedaço. Tal era o desejo. Depois, sem se preocupar muito mais com tal, puxando com uma mão, encosta. Primeiro um bocadinho, enquanto agarra as ancas. Uma pontada de prazer. Investe. Com o vasto do seu âmago que tal peça se pode-se esmorecer a qualquer momento. A respiração depressa acelerou com os seus movimentos. Vincando as ancas. Depressa se deixou levar. O que antes era turvo agora se encontrava plenamente nítido. Numa réstia das forças que lhe sobraram de tal mudança, vai o mais fundo que consegue, ouvindo um gemido. Sorri.
Agarra-a pelo pescoço e puxa-a de lado. Beija-a.
- Foi óptimo. -  Sussurra.
- Eu sabia que ias gostar. Temos de ir.
- Vamos.
Apressando a abotoar-se enquanto olha para as meias, que deseja rasgar, sorri. Ainda sem acreditar no que acabara de acontecer. Sai. Puxado por ela, passando por pessoas há saída, sobem as escadas. Saem para a noite. Saem para a realidade.
- Que bebemos? - Pergunta ela.
Ele? Ainda sem saber da realidade, apenas sorri.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Because nothing's new...

Seria demasiado cliché falar de sentimentos e de dor ao mesmo tempo.
Ou falar de saudade e felicidade juntos.
Transmitir toda uma fúria através de paz numa mesma linha.
Escrever nas paredes e conseguir ler pensamentos através de um espelho.
Deixar toda uma Inocência Perdida ou apenas voltar a Não Ser.
Tomar o mundo como pacífico e lutar apenas com pensamentos.
Toda a efemeridade num só sopro.
Todo o sentir deixar de existir.
Podia o orgulho ser igual a toda a despretensão existente no silêncio.
Podia a inexistência de algo sentido através do não sentir.
Pode a existência ser sentida através do sentir.

Seria demasiado cliché pegar em poemas e tentar construir um texto.
Falar sobre sentimentos e coisas parecidas.
Tentar dizer algo por palavras quando são os pensamentos que ditam.
Como seria, talvez, certamente, e apenas, olhar com olhos de ver.

Porque o óbvio se torna cliché, como sentir o bater da própria chuva.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

I fell in love once..

It could be worst.
It could, once and for all, be better.
But life is what it is.
Just that.

I plain and I write. Just to be me.
It take years to learn. It take seconds, the right seconds, to learn.
Oh, and I want to learn.

I just want to learn.
Apprehend where I am What I am and what I could be.
So,to that, I just am.
I just could be.

A bottle of jack and bush.
A case of cigars.
And a noneless of talking.

And a fullcrap of doing.

Oh. The doin'...


domingo, 6 de janeiro de 2013

Isso será...

Talvez um dia, talvez uma noite, talvez não se usem as palavras nem se usem os gestos.
Talvez se use o olhar ou até mesmo a expressão.
Talvez tudo seja dito e nada pensado.
Talvez se peça o ontem e se dê o amanhã.
Talvez nada se peça mas tudo do nada se dê.
Quer-se tudo e nada se dê.
Mas, mas talvez se dê o tudo.

The moon is sky high and the wolf weep.
The rose is leaving childhood.
And, the tramp becomes the night island.

Maybe, in all that
life is
the losing of fear of my
selfish love.

Talvez um dia o dia tenha duas horas mais;
E nesse dia eu seja original.
Talvez tudo tenha mudado e eu ficado;
E o que tenha ficado seja a mudança.

The fairytales of my living.
The little tramp.
My little girl.
The living island.
The night of nights
Turn around.
Turn around.
See what I see.
Feel what I give.
Turn around
and listen: