domingo, 24 de fevereiro de 2013

Is what it is


 A vida não nos dá segundas oportunidades. Embora possam surgira oportunidades semelhantes, não nos deixa voltar a trás com o conhecimento para mudar-mos o que seja necessário. Dá-nos sim um forma introspectiva de oportunidade para assimilarmos o desprazer de uma determinada situação ou escolha. deixa-nos saborear de forma sarcástica o que poderia ter sido diferente, deixando-nos assim num estado de dormência a nível das sensações. Deixamos de sentir o quente e o frio do que nos rodeia. Tornamos tudo mais ameno. Faz-nos agarrar ao hábito e há simples sobrevivência humana.


A vida é filha. É filha da sorte. Da sorte com que criamos ao dar um simples passo.
A vida é mãe. É mãe do azar. Somos que um segundo filho, onde se tenta melhorar no que se errou antes.
A vida é avó. É avó de todos os que já foram. O passado ensina-nos, mas só nós podemos saber como assimilar esse passado.
A vida é uma amiga. Escolhemos mentir ou enganar-nos a nós próprios, quando na realidade escusamos de o fazer.Quando apenas a nós próprios devemos explicações e o fazemos com o outro.
A vida é egoísta. Não nos deixa morrer
A vida é orgulhosa. Não nos deixa viver.

A vida é acordar e saber levantarmos-nos para a contrariedade que subsiste nas mentes que criámos.
É olhar ao espelho e vermos a semelhança e a mudança que ele trás.
A vida é um acidente de percurso definido. E apenas vivemos quando o tornamos incerto certo.
A vida é quando deixamos de querer viver.
É quando dizes 'sim' ou 'não'. É quando te atiras e julgas não pensar. É quando mergulhas e te arrepias com a diferença de temperatura. A vida é uma fotografia numa moldura. É olhar nos olhos da pessoa à tua frente e conseguir chorar. É grande, parte dela, olhar para essas mesmas pessoas e sorrir. É um café inesperado. É aquele cigarro fora-de-hora. São aqueles cinco minutos em que sais mais cedo.
É a tua primeira vez. É a surpresa. É o surpreender dentro do igual. É aceitar que tens de a viver. É aceitar o que não tens de viver para a viver. É fazer o que não-fazer. É, sim, não fazer o que a vida te manda. É fazer o que tu não fazes dela.
A vida, essa, é puta. É aceitar que ela existe perante as nossas escolhas.
E mesmo assim, sorrir.




1 comentário:

Anónimo disse...

Deixaste de escrever...