quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ainda te procuro.

Surgiu-me este pensamento, ontem, hoje e talvez amanhã.
As pessoas mais ingénuas não o perceberão tão ou tanto como eu desejo, mas, enfim. [suspiro]
Não tentem compreender os desvairar de um louco.

Ainda te procuro. Coisa desvairada do meu querer.
Depois de tantos dias ou meses, ainda te quero encontrar.
Ao certo, não sei bem porquê, mas sinto dentro de mim uma azáfama imensa em querer saber por onde páras. Perdi-me de tanto pensamento, em mim.
Gostava que os exames que me têm feito, fosse realmente verdadeiros e mostrassem, ao invés, a grande parte daquilo que realmente permanece no interior de mim.
Custa, mas sim ainda te procuro, abominável ser das minhas grutas cerebrais. Por mais estranho que pareça, ainda o faço. Procurar-te. Ó louca imaginação de mim.
Procuro-te insaciavelmente. Páro por vezes à tua porta e finjo ser outra pessoa. Persigo com o meu olhar as pessoas que saem dela. Fumo um cigarro e aí perco o temer de entrar e entro. Penso assim com todo o meu pensamento infeliz. Pudera se o fizesse. Mal entendido - digo.
Procuro-te por ruelas, vielas, quelhas, becos, esquinas, dobras, locais sombrios. Procuro-te apenas fora do meu Ser.
O procurar-te, faz-me, por vezes, ainda sonhar dos tempos passados, tempos infindos que me perseguem, ainda.
Sonho, em coisa efémeras demais para a compreensão. Sonho com coisas felizes, mas no fundo e na minha maneira de ser, bastante escuras. Sóbrias de sobriedade.
Perco-me nas palavras que acabam por não serem escritas. Perco-me no desejo daquilo que penso.
Olho para baixo e entristeço-me, perco-me de tanto pensar por ainda te procurar.
Tenho pena de mim, pobre de mim, por ainda o fazer.
Mas, enfim, não o posso negar: ainda te procuro abominável, desejável, desprezável, respirar do meu ser. Sim! ainda te procuro, para me voltar a perder.

Encontrar-te-ei nos confins do improvável.
Pobre de quem não te procurar.
Pobre de mim, então.

Á tempos encontrei-te.
No meio da rua. Perfeito de perdido.

Agora ninguém me compreenderá!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu não sei se falas de alguém ou de algo aqui.
Mas há um sentimento (qualquer) bonito em todo o texto.
beijinho Marido
Ah e acho fixe comentar anónimo :P